BREVE HISTÓRIA DA IMAGEM DE “NOSSA SENHORA CAUSA DE NOSSA ALEGRIA”
Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe, é venerada sob título de “MARIA CAUSA DE NOSSA ALEGRIA” em Roma na Itália, no Santuário de Nossa Senhora de Arquinho. Este é o menor Santuário mariano de Roma e uma joia de arte. Pela perfeita harmonia das linhas arquitetonicamente simples e proporcionadas, pela fineza dos estuques, pela riqueza e variedade dos seus mármores, policrômicos, é uma verdadeira basílica em miniatura, que na sua estrutura pequena, dá a ideia de grandeza.
Tem forma de cruz latina e, no meio, se eleva a cúpula, em cujo fundo está pintada a imagem da Imaculada Conceição, com as quatro virtudes principais de Maria: Sabedoria, Prudência, Fortaleza e Inocência.
No fundo da Capela está o nicho neoclássico, graciosíssimo, de apurada execução, que contém a imagem venerada, dentro de uma preciosa moldura, em madeira esculpida.
O Santuário é obra do arquiteto romano Virginio Vespignani. Foi construído no ano de 1851, no meio de uma “viela” estreita e torta, que fora aberta para permitir a passagem da rua São Marcelo para a praça Pilota. Este estreito acesso era chamada do ARQUINHO, justamente porque nela existia um arco.
No ano de 1690, uma senhora muito piedosa, a Marquesa Alessandra Mellini Muti Papazzurri Savorelli, quis colocar naquele arquinho uma imagem de Nossa Senhora, que fez pintar por um dos melhores pintores que então viviam em Roma, o bolonhês Domingos Muratori (1662-1749). O quadro foi pintado sobre uma grande telha de barro cozido, com as medidas de 58x55. A imagem tão suave foi chamada, antes, Mãe de Misericórdia, depois CAUSA DE NOSSA ALEGRIA, ou do ARQUINHO, por estar colocada justamente debaixo do arquinho, que dava o nome ao beco.
Com a imagem de Maria, o beco tornou-se mais alegre e a imagem tornou-se bem cedo conhecida por todos os romanos, que, passando por lá, não deixavam de parar um pouco para recitar alguma oração. No dia 9 de julho de 1796, pelo meio-dia, um certo Antonio Ambrosini fora ao Arquinho rezar, quando, após alguns minutos, observou as pálpebras superiores da imagem se abaixarem e se unirem com as inferiores, fechando assim os olhos, e, logo depois, se abrirem novamente. Ele sentiu um calafrio por todo o corpo, gritou de espanto e, ao mesmo tempo, lhe vieram lágrimas espontaneamente.
A notícia divulgou-se rapidamente e o beco do milagre e toda a rua adjacente foram logo tomados pelo povo que rezava. O Milagre repetiu-se várias vezes. A multidão comovida seguia as fases do prodígio com as palavras: Maria, misericórdia e eis que move novamente os olhos. O milagre começava quando o povo que rezava chegava à invocação Santa Maria. No meio da multidão havia pessoas que acreditavam no milagre e aqueles que iam de proposito para refutá-lo, mas todos eram constrangidos pela evidentíssima realidade a dizer que Nossa Senhora havia realmente fechado e aberto os olhos.
O quadro, brilhante pelas suas tintas e coberto somente com um simples vidro, estava posto, como agora, a uma altura de três metros; altura acessível até a vista mais fraca. Um padre, para ter certeza do prodígio, chegou a medir com um compasso as pupilas da Virgem, enquanto se erguiam e se abaixavam, em meio a comovida multidão. Os olhos de Nossa Senhora são claramente visíveis ainda hoje. Parecem olhar com materna benevolência quantos os fixam. Enquanto a multidão, que dirigia o olhar irresistivelmente para o miraculoso rosto de Nossa Senhora, estava ainda em êxtase pelo prodígio, eis que houve outro acontecimento que devia ser uma demonstração celeste daquilo que havia acontecido.
Do fundo da rua se vê, entre outras, uma senhora que avança com grande fadiga entre a multidão cerrada. Carregava sobre os ombros um fardo: a filha de dezesseis anos, excepcional de nascimento, Maria Maronti. Nossa Senhora não ficou insensível diante daquele amor de mãe e curou a jovem. Depois de tais acontecimentos, a devoção a imagem da Virgem do Arquinho cresceu de modo impressionante. Um dia, São Vicente Pallotti foi até o Arquinho rezar diante da imagem sagrada de Nossa Senhora. No ano de 1841 o servo de Deus Carlos Odescalchi, que renunciara a púrpura para se tornar religioso da Companhia de Jesus, morreu beijando a imagem de Nossa Senhora do Arquinho, da qual fora muito devoto em vida. A imagem de Nossa Senhora foi coroada com uma coroa de ouro, no dia primeiro de novembro de 1946.
No dia 31 de maio de 1982, o Padre Antonio Caliciotti entronizava solenemente, na igreja de Cristo Rei, situada na rua Mário Mourão, 213 - Parque Jabaquara, São Paulo, uma reprodução da imagem de Nossa Senhora Causa de Nossa Alegria, pintada em Roma por um devoto de Nossa Senhora: Fausto Della Bona. Assim entrava no Brasil a devoção a Nossa Senhora Causa da Nossa Alegria. Também o Movimento Para um Mundo Melhor: Oásis, movimento de jovens e casais, escolheu Nossa Senhora Causa de Nossa Alegria como sua mãe e guia.
Na igreja de Cristo Rei, nas missas de todos os sábados e domingos, depois da comunhão, é rezada a oração a Nossa Senhora Causa de Nossa Alegria e, no fim da Missa, todos recebem a sua benção. A festa de Nossa Senhora Causa da Nossa Alegria é celebrada no dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro).
Se estiver em Roma e quiser visitar a capela original, vá até o centro histórico, entre na Via di San Marcello e a Piazza Santi Apostoli. A pequena capela está na charmosa viela de nome Vicolo dell’Archetto. É um cantinho silencioso, perfeito para um momento de oração e contemplação em meio à agitação da cidade.
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🕯️ Horários de oração na capela:
Todas as noites: Abertura às 18h para a recitação do Terço
Sábados e festas de preceito:
- 18h30 – Terço
- 19h – Santa Missa